Nos ???ltimos trinta anos, grafites e picha??????es invadem as metr???poles brasileiras e se espraiam em muros, viadutos, empenas de pr???dios e ???reas abandonadas, como poss???veis manifesta??????es art???sticas e pol???ticas que revelam a complexidade da vida urbana. Origin???ria nos sub???rbios de Nova York, a arte urbana dos grafismos se insere em um movimento maior, chamado hip-hop, e tem como ideologia fundante uma cr???tica ao Estado e ao capitalismo, em especial ??? propriedade privada, como grandes respons???veis ...
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Nos ???ltimos trinta anos, grafites e picha??????es invadem as metr???poles brasileiras e se espraiam em muros, viadutos, empenas de pr???dios e ???reas abandonadas, como poss???veis manifesta??????es art???sticas e pol???ticas que revelam a complexidade da vida urbana. Origin???ria nos sub???rbios de Nova York, a arte urbana dos grafismos se insere em um movimento maior, chamado hip-hop, e tem como ideologia fundante uma cr???tica ao Estado e ao capitalismo, em especial ??? propriedade privada, como grandes respons???veis pelos problemas s???cio-espaciais existentes. Aqui, analiso como a arte urbana se relaciona com a metr???pole brasileira contempor???nea, em especial S???o Paulo nos ???ltimos dez anos. Grafites e picha??????es s???o aqui considerados m???quinas de guerra que se movimentam entre fugas e apreens???es pelos aparelhos de captura controlados pelo Estado, pela iniciativa privada, pela m???dia e pelo segmento oficial da arte. Nesse contexto, a cr???tica da arte urbana "ao sistema" ??? sustentada basicamente pela monotonia da paisagem da cidade, pela preval???ncia da funcionalidade no urbanismo, pela desigualdade social, pela precariedade do espa???o p???blico e por uma busca por prazer e adrenalina.
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